Reflexões sobre a disfagia e disfonia em pacientes com cancro na cabeça e pescoço

26/03/2024

É com grande satisfação que o Grupo Dr. Pinto Leite parabeniza a Terapeuta Eduarda Sousa pela publicação do seu artigo "Instrumental assessment of dysphagia and dysphonia in head and neck cancer and patients' perception: Systematic review".

A contribuição da Terapeuta Eduarda para o campo da terapia da fala é notável, evidenciando não apenas o seu profundo conhecimento, mas também o seu compromisso em melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A sua pesquisa e análise criteriosa refletem um trabalho de excelência que certamente terá um impacto significativo na prática clínica e na comunidade académica, enriquecendo e estimulando novas investigações e abordagens terapêuticas para distúrbios como a disfagia e a disfonia.

A Terapeuta Eduarda sintetiza o artigo publicado dizendo:

“As pessoas com cancro de cabeça e pescoço podem experimentar disfunções orofaciais que afetam a sua qualidade de vida.

Em 68% dos estudos sobre esta temática, observa-se uma relação entre a perceção da pessoa com cancro e a avaliação instrumental da deglutição e da disfonia em três variáveis principais:

  • Medidas fisiológicas: tempo de trânsito oral, tempo de trânsito faríngeo, tempo total da deglutição, área faríngea, elevação do osso hióide, tamanho da abertura do esfíncter esofágico superior e eficiência da deglutição orofaríngea;
  • Habilidades oromotoras: deglutição fragmentada, resíduos e controlo motor da língua;
  • Aspetos de segurança: aspiração e penetração de resíduos.

Embora os três domínios supracitados mostrem uma relação entre a avaliação objetiva (avaliação instrumental) e a avaliação subjetiva (perceção da pessoa com cancro de cabeça e pescoço), os resultados obtidos com esta revisão sistemática demonstram inconsistências. No entanto, é possível concluir que uma avaliação instrumental por videofluoroscopia e a utilização dos questionários SWAL-QoL, SWALCARE e MDADI poderá ser a escolha mais adequada para estudar com detalhe a relação entre as alterações da deglutição e a auto-perceção do doente com esta patologia, por forma a clarificar as interseções e o impacto na prática clínica da disfagia e da disfonia.”

Poderá consultar a totalidade do artigo em: https://doi.org/10.1016/j.rlfa.2024.100487

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